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domingo, 25 de março de 2012

Cálcio no tratamento da osteoporose

A osteoporose é definida como um distúrbio osteometabólico, de origem multifatorial, caracterizado pela diminuição de densidade óssea (DMO), e deteriorização de sua microarquitetura. A modificação do osso associa-se ao aumento da fragilidade e maior risco de fraturas após mínimo trauma. Acomete as pessoas idosas, tanto homens quanto mulheres, principalmente após a menopausa.
Clinicamente silenciosa até a manifestação da fratura, a osteoporose é uma enfermidade metabólica óssea comum, que afeta cerca de 30% das mulheres no período pós-menopausa, o que torna uma doença crônica de maior prevalência neste grupo etário.
Prevenção e Tratamento da Osteoporose
O tratamento tem como objetivo reduzir o risco de futuras fraturas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos e diminuir custos com sua possível internação ou recuperação.
Os exercícios mais benéficos para a estimulação óssea do idoso são realizados com carga, e contra a resistência, como a musculação leve. Alguns exercícios específicos visando alongar a musculatura peitoral e fortalecer a musculatura para-vertebral e abdominal dão suporte a coluna e parecem ser benéficos nos pacientes com tendência a hipercifose dorsal. A natação embora traga outras vantagens, não tem efeitos satisfatórios sobre a massa óssea.
O nutriente mais importante é o cálcio. Sua ingestão em níveis adequados está relacionada com o pico de massa óssea, prevenção e tratamento.
O Conselho Brasileiro de Osteoporose (2001) recomenda uma ingesta de 1500mg de cálcio para mulheres pós-menopausa e 1000mg para homens, diariamente; devendo ser aumentada para 1500mg/dia após os 65 anos de idade
CÁLCIO
O cálcio é necessário ao organismo ao longo da vida, especialmente durante as fases de crescimento, para que a formação e manutenção do processo de mineralização dos ossos ocorram adequadamente. O consumo de cálcio em quantidades suficientes desde os primeiros anos de vida até a adolescência é um pré-requisito importante no desenvolvimento máximo da massa óssea adulta. 
Aproximadamente 99% total do cálcio encontra-se nos ossos e dentes . O 1% restante do cálcio está presente no sangue, fluído extracelular, músculos e outros tecidos , onde participa de diversos processos metabólicos  como: coagulação sanguínea (participa da formação de fibrina), age com um estabilizador de membranas celulares excitáveis como músculos e nervos, e em inúmeras células participa como o segundo mensageiro ao mediar efeito de sinalização de membranas para a liberação de substâncias e hormônios. 
Ultimamente, começaram a surgir evidências bem fundadas de que a ingestão de cálcio desde a adolescência, entre os 10 e 20 anos, o exercício físico e o estilo de vida parecem exercer um papel importante no aparecimento ou não da osteoporose. O cálcio é absorvido por dois mecanismos: 1- transporte ativo, que funciona em baixas concentrações laminais de íons cálcio; 2- transferência passiva, que funciona em altas concentrações laminais de íons cálcio. O mecanismo de transporte ativo (no duodeno e jejuno proximal) possui capacidade limitada e é controlado pela ação da 1,25-diidroxivitamina D (ou vitamina D). segundo mecanismo não-saturável (sem limite) e independente da vitamina D, ocorre ao longo de todo o comprimento do intestino delgado.O cálcio nos ossos está em equilíbrio com o cálcio do sangue. O hormônio paratireóideo (PTH) desempenha o papel principal e na manutenção do cálcio sérico. Os níveis plasmáticos de cálcio agem sobre a paratireóide estimulando a liberação de paratormônio. Este age na vilosidade intestinal, nos rins e nos ossos. Sua ação no intestino visa aumentar a absorção do cálcio, nos rins provoca maior reabsorção de cálcio com maior excreção de fósforo e nos ossos, maior reabsorção de fósforo e cálcio. Todos esses eventos resultam em aumento do cálcio plasmático. Outros hormônios, tais como os glicocorticoídes, hormônios da tireóide e hormônios sexuais também possuem papéis importantes na homeostase de cálcio.
As principais fontes alimentares de cálcio são: leite de vaca e derivados (alimento lácteos, como: iogurte, coalhada, queijo minas, queijo prato, queijo mussarela, requeijão), ovo, feijão, sardinha enlatada, verduras (brócolis, espinafre e couve), frango, batata e macarrão.
O fato do consumo de cálcio não atender às recomendações, alerta para a necessidade de aumentar o consumo de alimentos de fonte mineral, de alimentos enriquecidos ou de suplementos. As fontes alimentares de cálcio são o melhor caminho e o método preferido para atender-se às necessidades diárias do mineral. No entanto quando os requerimentos de cálcio não podem ser atendidos pela dieta, alimentos fortificados ou suplementos são recomendados. 

Referencia: http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-calcio-na-prevencao-e-tratamento-da-osteoporose-em-idosos/18769/

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